O QUE A NET NÃO FALA EM SEUS COMERCIAIS NA TV

Levante a mão quem é assinante NET (TV a cabo, banda larga e/ou telefone) e nunca teve problema com a empresa! Seja um sumiço do técnico que deveria ir instalar algo na sua casa e te deixou esperando sem dar sinal de vida, seja um ponto adicional que apareceu do nada na sua fatura ou qualquer outra cobrança indevida.

Bom, comigo aconteceu, ou melhor, vem acontecendo há algum tempo.

Eu e minha namorada decidimos por assinar o NET Combo por conta das facilidades apresentadas nos comerciais pitorescos que a empresa veicula na TV. Nestes o cliente é convidado a fazer parte do “mundo dos NETs”, um universo com muito mais vantagens que a concorrência.

Arapuca armada, lá fomos nós. Assinamos um pacote com TV a Cabo, Internet e telefone. De lá para cá, posso dizer que caímos em várias armadilhas armadas pela NET. Uma vez agendamos a visita de um técnico que nunca apareceu e nem se o trabalho de avisar que não vinha. Minha namorada perdeu um dia no trabalho em vão e a empresa considerou o trabalho concluído.

Em outra oportunidade, nos foi oferecido o “SINAL DIGITAL” por uma quantia “X”. Então assinei e quando o técnico (que dessa vez não tinha nada mais importante para fazer e apareceu) instalou o novo decodificador e liguei a TV e, TCHARAMMM, nada de sinal digital. Liguei para reclamar e a atendente disse que o que eu havia contrato era o “SINAL DIGITALIZADO” e não o tal “SINAL DIGITAL” (este era mais caro. Que surpresa!). Como eu ia provar que comprei o segundo? Só tinha em mãos um nº de protocolo que não serviu de nada.

Mas como bom brasileiro que sou não aprendi a lição. Eis que uma atendente da NET me liga oferecendo trocar os 3 megas de banda que contratei por 5 megas SEM NENHUM CUSTO ADICIONAL, pois a empresa passaria a operar apenas com bandas de 1, 5, 10... megas de banda larga. Pedi para ela repetir o “SEM NENHUM CUSTO ADICIONAL” só para garantir, ela o fez e eu aproveitei a “oportunidade” de turbinar minha conexão de internet.

Vivemos felizes para sempre, ou melhor, até chegar a fatura cobrando um adicional de R$4,90 na banda larga. Desta vez não havia dúvida ou qualquer nome genérico para o crime ali cometido. A NET estava me cobrando um serviço que, AO ME OFERECER, RESSALTOU QUE NÃO HAVERIA CUSTO ADICIONAL. Um crime, não há outra definição. A empresa está cobrando por um serviço que não deveria.

Quando liguei para reclamar, advinha? Depois de explicar o meu problema me deixaram na espera e a ligação. Ou melhor, não parou mais de cair.

O que eu vou fazer? A concorrência parece não oferecer os mesmos serviços. Mas isso justifica fazer o que bem entender com os clientes. Cobrar por serviços que não deveria ou simplesmente fingir que nada de errado está acontecendo enquanto os lucros da empresa não param de crescer.

Por que os veículos de mídia expressiva não investigam casos como este? Por que a NET é um de seus maiores anunciantes? Ah, entendi.

Stand Up da política brasileira

A política brasileira não foi feita para ser levada a sério. Mais uma opinião recheada do “mais do mesmo”. No entanto, uma pergunta não quer calar: Se tantos acham o mesmo, porque continuam ajustando o nariz de palhaço?

Quem não deve ser levado a sério é o eleitor brasileiro, que elege um palhaço como forma de protesto. É ele quem ri agora enquanto entra para a política. Nome aos bois? Por quê? Afinal de contas é mais do mesmo. Mais da mesma negligência, mais da mesma ignorância, mais da mesma preguiça de pensar inerente à nação tupiniquim.

Ah, ele não sabe ler, nem escrever. Mas promete lhe contar o que é ser um deputado federal. Mas tudo bem. É provável que muitos outros eleitos também não saibam.

Quer sabe? Deixa pra lá! Pra que lutar? Você corre o risco de incitar uma mobilização social e acabar com os poucos ônibus que temos, incendiados. Deixa pra lá! Prefiro os ônibus.

Ah, tenho um presente pra você!

QUATRO RODINHAS E MUITA HABILIDADE

UM MUNDO ALÉM DOS SEUS OLHOS

Olhar perdido, como se estivesse desistido da vida. Mais parece que a vida desistiu dele. Suas roupas parecem nunca terem sido lavadas. Seu cheiro é forte, dá náuseas.

Se eu que passo ao lado deste homem sentado, em frente a uma loja de portas fechadas, me incomodo com o cheiro, como ele consegue conviver com esse odor insuportável?

Pergunta mais idiota. O que menos importa para este homem de barbas longas e emaranhadas é o seu cheiro. A fome estampa seu semblante abatido. Não come há dias.

É comum vê-lo pedir esmolas e ouvir “não vou te dar dinheiro porque você vai comprar cachaça”. Estes mais pobres que ele, pois não entendem que muitas vezes o álcool distrai o estômago e a mente. O faz esquecer por alguns instantes de que a sarjeta é o seu lar. Ele está só.

Este ser caiu na maior cilada da vida, tornou-se parte do cenário, um objeto de decoração nas ruas, tal qual lixeiras, postes, sarjetas, moedas no chão.

Foram pouco mais de 5 segundos observando aquela figura intrigante, enquanto eu ia para algum lugar, vindo de não sei onde. Mas no meio do caminho me perdi numa realidade tão presente que se torna banal.

Ele não tem nome, mas com certeza tem uma história.

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