A frase em tom de ostentação soa afável, vinda de um garoto com pouco mais de 2 anos de idade que refere-se ao barbeador de seu pai.
Fazia tempo que eu não o visitava, mas quando soube que eu estava na sala, deu um pulo da cama onde assistia televisão com seu pai e correu ao meu encontro. Ele mostra com orgulho o cabelo recém cortado pago com seu próprio dinheiro, do porquinho onde junta suas economias.
O Rafael é uma criança fora do comum. O conheci quando ele, desconfiado, perguntou à sua tia – minha amiga Giu, de quem era aquele skate enorme guardado debaixo do sofá.
Fazia tempo que eu não o visitava, mas quando soube que eu estava na sala, deu um pulo da cama onde assistia televisão com seu pai e correu ao meu encontro. Ele mostra com orgulho o cabelo recém cortado pago com seu próprio dinheiro, do porquinho onde junta suas economias.
O Rafael é uma criança fora do comum. O conheci quando ele, desconfiado, perguntou à sua tia – minha amiga Giu, de quem era aquele skate enorme guardado debaixo do sofá.
- É do Birigui, amigo da titia que veio passar uns dias com a gente na praia, disse a tia apontando para o colchão onde eu dormia no chão da sala.
O final de semana foi repleto de diversão. O garoto de feições nipônicas adorava brincar com o “skate enorme” – como ele mesmo gostava de chamar o longboard – e passear na praia com o “tio Birigui”.
Foi assim que conheci essa figurinha ímpar, criança hiperativa e de uma inteligência fora do comum.
A alegria nos olhos do pequeno “japinha” só não supera sua angústia na hora de se despedir.
Foi assim que conheci essa figurinha ímpar, criança hiperativa e de uma inteligência fora do comum.
A alegria nos olhos do pequeno “japinha” só não supera sua angústia na hora de se despedir.
- Eu não quero que você vá embora, Birigui! Fica para brincar comigo, diz ele com os olhos marejados, às vezes em que vou visitá-lo, sempre de passagem
com sua tia.
O que realmente me chama a atenção nesse garoto é a forma que seus pais o educam. Tímido à primeira vista como a maioria das crianças, Rafael surpreende com seu carisma. Parece viver intensamente cada aventura da sua jovem vida. Brinca brincadeiras saudáveis, sem violência gratuita ou malícia desnecessária, é carinhoso e dono de imaginação sem limites.
Da última vez que nos encontramos, ele me apresentou o “Gadle”, seu amigo imaginário. Companheiro inseparável que interage com toda a família.
Da última vez que nos encontramos, ele me apresentou o “Gadle”, seu amigo imaginário. Companheiro inseparável que interage com toda a família.
- Como é o Gadle? Perguntei fascinado com toda a fantasia por trás de um amigo
imaginário.
- Ele tem o corpo redondo, cabeça retangular, olhos de triângulo e uma boca de círculo. Responde Rafael, gesticulando as formas geométricas que descrevem seu amigo imaginário.
É aparente a minha descompostura diante da imaginação sem limites desta criança ávida, de mente inquieta por novas descobertas.
Despedimos-nos desta última visita com Rafael aos prantos e minha mente intrigada, mas ao mesmo tempo fascinada pelo pequeno “japinha” que encanta com sua inocência e inteligência.
Despedimos-nos desta última visita com Rafael aos prantos e minha mente intrigada, mas ao mesmo tempo fascinada pelo pequeno “japinha” que encanta com sua inocência e inteligência.
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